História

 

A freguesia...

Enquadra-se num monte sobranceiro ao rio Vizela, o que proporciona magníficos panoramas paisagísticos, superiormente reproduzidos pelo Camilo Castelo Branco no seu romance “Memórias de Cárcere”. Na verdade, o insigne escritor ultra romântico passou aqui grandes temporadas, na chamada casa do Ermo, um solar pertencente à família Vieira de Castro.

 

 O Padroeiro...

São Vicente, cuja mais antiga notícia que refere a esta freguesia, remonta às Inquirições de 1220, vindo designada por” De Sancto Vicentio”, do julgado de Travassós. Em 1528, já é citada como “São Vicente de Paços”, pertencendo ao concelho de Guimarães, do qual fez parte até 1853, ano em que transitou para Fafe. Existem, porém, vestígios de um povoamento muito mais antigo, como a construção megalítica de Outeiro das Corças e uma fortificação em Lustoso.

 

O Brasão ...

Através da sua simbologia, evidencia alguns dos factores mais representativos da freguesia, como os dois corvos afrontados de sua cor e iluminados de prata, em alusão ao orago da freguesia, São Vicente, que tem por atributo o corvo, ave que dizem ter velado pelo seu corpo moribundo, aquando do seu martírio.

 

A Faixa de negro, semeada de luzeiros de prata e ouro, representa a pirotecnia de Passos que, desde há muito, se dedica a animar os mais diversos festejos no país. Os pirotécnicos da freguesia são já famosos e o seu trabalho conceituado.

 

Paços ou Passos?!

Também a toponímia local é reveladora, a nível arqueológico, uma vez que na freguesia existe o lugar de Crasto, que pode estar relacionado com o habitat castrejo; e o lugar da torre (referido em 1887 por Augusto Vieira), provavelmente relacionado com uma residência senhorial baixo-medieval fortificada. O topónimo principal tem gerado alguma controvérsia, até mesmo confusão, no que diz respeito à sua correcta grafia. A própria designação “Paços”, surge grafada na documentação medieval, sob as formas de : “Paacios”; “Paaços”; “Pacios”; “Palaciis”; “Palatios” e “Palatio”, sugerindo, obviamente, uma residência senhorial (Palácio).

 

Por existir a dúvida se se escreve Passos ou Paços , a Junta de Freguesia tomou a iniciativa de pedir o parecer da Sociedade da Língua Portuguesa (S.L.P.), a qual respondeu defendendo que se deveria escrever Paços e não Passos porque, até ao séc. XVI XVI a grafia era sempre com ç e, porque Paços está relacionado com palácio, do latim palatium, que deu origem a Paços e não Passos.

A grafia correta, segundo a S.L.P. é, pois, Paços.

Já a Associação dos Arqueólogos Portugueses não considerou o topónimo “Paços” e, na Ordenação Heráldica do brasão, bandeira e selo, emite o parecer no nome da Junta de Freguesia de Passos, uma vez que, somente, após a alteração do topónimo, na Assembleia da República, o mesmo pode ser considerado. Em 18/12/2018 a Junta de Freguesia deliberou alterar a grafia de Passos para Paços, tendo a Assembleia de Freguesia, em 28/12/2018, a Câmara Municipal, em 06-02-2020 e Assembleia Municipal de 27/02/2020, dado parecer favorável à alteração de grafia. Após o envio da proposta de alteração à Assembleia da República, a mesma deliberou em reunião de plenário no dia 09/06/2020, aprovar a grafia PAÇOS, e publicada no Diário da República, 1ª Série – Lei nº 22/2020 de 3/7.

 

População da Comunidade de Paços, a razão principal de ser a letra com maior destaque e que representa todas as pessoas que nela habitam.

 

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